Quase sempre conversamos com pessoas que nos falam o quanto gostariam de mudar ou transformar algo na vida, mas acham difícil começar. Muitas delas responsabilizam o outro ou alguma situação pelas próprias limitações em evoluir, culpando algo ou alguém para fugir da realidade.
Resolvemos reunir neste texto alguns mitos e crenças que limitam a expansão do nosso ser, de nossas fronteiras e principalmente da capacidade de elevar a nossa vida a um novo patamar. Cada um de nós tem uma participação fundamental no processo de mudar aquilo que não está indo bem e acreditamos que reconhecer isso já é um primeiro passo.
Uma questão de consciência
Todos nós precisaremos passar por alguns bons aprendizados ao longo do próprio processo de despertar. Nossa maior fonte de aprendizado e dificuldades são os relacionamentos, sejam eles amorosos, profissionais ou familiares. Não há ninguém com maior poder para transformá-los do que nós mesmos. Quando silenciamos e voltamos o olhar pra dentro é impossível não reconhecer aquilo que está pulsando como se dissesse: a sua vida só vai mudar quando você tiver uma atitude diferente.
Existem alguns sinais que nos mostram que está na hora de mudar. Pode ser no trabalho: tristeza e melancolia no domingo a noite, vontade de sumir na segunda-feira de manhã. Em relacionamentos abusivos: baixa autoestima, sensação de infelicidade e apego, medo de ficar sozinho. Problemas familiares: vontade de mudar o outro, excesso de cobrança, raiva e mágoa. Ou um vício: o gosto do cigarro na boca de manhã ou a ressaca após a festa de casamento do seu melhor amigo e ainda aqueles “hábitos inofensivos” que se tornam tão nocivos quando constantes: falar mal das pessoas, mentir, e por aí vai.
São tantas formas em que se apresenta essa necessidade de mudança e transformação que eu não poderia descrever todas elas. Tem algumas que vivi, algumas histórias que ouvi, já li ou presenciei. O que todas elas tinham em comum? A responsabilidade inata é de quem vive e a única forma de se libertar é através de consciência e autopercepção.
A autopercepção
Se você não fosse você, o que você veria? Autopercepção se define como a compreensão da própria atitude e crenças com base na avaliação do seu comportamento em situações da vida. Como você age, o quanto algo te incomoda ou alegra? O quão afastado ou próximo você está das sensações que proporcionam felicidade ou quão afundado em problemas e dificuldades você julga estar?
Em seu livro “As sete leis espirituais do sucesso”, o médico indiano Deepak Chopra menciona a lei da potencialidade pura como a nossa própria capacidade de alcançar o campo de todas as possibilidades e da criatividade infinita a partir da nossa consciência.
À sua prática ele também atribui o conhecimento, o equilíbrio perfeito, a simplicidade, a felicidade, a invencibilidade e o silêncio infinito.
O que ele queria dizer com isso? Que ao despertar para a nossa razão de ser e nossa essência vamos encontrar toda a nossa potencialidade. E assim, através do contato direto com a nossa própria natureza somos capazes de realizar nossos sonhos e nossos desejos mais simples, vivendo de forma mais plena.
A interdependência
Todos nós podemos nos beneficiar imensamente de nossos relacionamentos e de viver em comunidade, aprendendo de forma constante e enriquecendo nossa existência. É assim na família, na escola, na universidade, no trabalho e nas tribos com as quais nos identificamos ao longo da vida. Mas fazer isso de forma inconsciente, sem uma atenção no momento e em nossa própria busca interior tem alguns perigos.
Um deles é esse vazio que tantas pessoas têm sentido. Quem nunca teve a sensação de estar em um lugar com várias pessoas, mas se sentiu só? A falta de significado, alegria e simplicidade em diversos âmbitos da vida não é por acaso. E a mudança não virá de alguém, de algum remédio ou de algo inesperado que não tenha direta relação com o que você está plantando para colher em algum momento.
Um bom exemplo é o excesso da exposição de nossa vida e de pseudo-realizações nas redes sociais, onde buscamos incessantemente por aprovação. Até que ponto ali estamos centrados em nossa necessidade de evolução para a autorrealização e satisfação pessoal? O que nos traz verdadeira felicidade e o que expressa quem verdadeiramente somos? Nesses casos o ego é a referência e temos necessidade de controle e poder. Há uma máscara social que prevalece em nossas relações e as tornam tão vazias.
O objetivo de expandir a consciência e fortalecer o nosso poder interior, que não está relacionado com o ego mas com a nossa potencialidade, é atrair não só as coisas que desejamos, mas pessoas, situações e circunstâncias que alimentam nossa vida de forma positiva.
Como mudar?
É preciso desenvolver honestidade em relação a nós mesmos. Coragem para admitir aquilo que não está bem e que não se alinha aos nossos desejos profundos. Admitir nossas limitações e reconhecer que é preciso mudar aquilo que não está funcionando. E em seguida, honestidade em relação ao mundo. Resgatar o nosso lugar no mundo com leveza e espontaneidade.
Meditar, estar em contato com a própria essência e com a natureza são meios de ter acesso ao nosso potencial. Experimentar o silêncio para, aos poucos, aquietar e encontrar as respostas para sua própria mudança e acessar sua criatividade mais plena.
Assim como as leis físicas que regem o universo há as leis de conduta que regem todos os aspectos de nossa vida. Podemos gostar ou não, mas elas estarão lá. Estarmos conscientes de sua existência e de que forma podemos nos alinhar com elas nos propicia usá-las em nosso benefício. Agir de acordo com essas leis de forma consciente nos ajuda a alcançar propósito e felicidade de forma verdadeira.
Algumas dicas para começar:
- Pare de procurar a felicidade no lugar errado. Ao invés de se satisfazer com o que parece ser, se pergunte se aquilo está mesmo fazendo bem pra você. Não só buscando satisfação no agora, mas também no longo prazo.
- Aja com sinceridade com você e com o outro. Aceite apenas aquilo que te faz bem.
- Desenvolva uma conexão consigo mesmo e sinta como suas atitudes refletem em seu sentimento. Esteja atento aos sinais do seu corpo.
- Seja uma pessoa constante para cultivar relações de confiança. As pessoas terão você como referência ao perceber o nível de equilíbrio que você consegue manter em sua vida.
- Use as críticas a seu favor e saiba extrair uma oportunidade de melhoria de cada uma delas.
- Evite agir quando estiver com raiva ou agitado. Busque na serenidade orientação para a ação.
- Esteja sempre pronto para servir ou ajudar as pessoas.
O objetivo deste artigo foi apontar algumas ideias e caminhos. Se você quiser saber sobre algum dos assuntos de forma mais direcionada deixe um comentário no post que podemos falar sobre isso em nossa próxima publicação.
Gostou do post? Não deixe de compartilhar o conteúdo! Até a próxima 🙂
Muito bom! Grata por este texto.
Que bom que gostou. Fico feliz! Grata também, querida! <3
A gente sente logo quando algo foi escrito diante de experiências de vida e quando é só mais do mesmo. Me identifiquei com vários incômodos que sinto no dia a dia e a sensação é que vocês já estão um pouco mais na frente, podendo nos mostrar como é possível sair dessa situação de incômodo para prática e finalmente poder exercer um propósito de vida. Sou a favor de um workshop em Salvador !!! Sucesso para vocês 🙂
Querida (: ficamos felizes com essas percepções suas. Realmente escrevemos com o intuito, de compartilhar um pouquinho do que a gente viveu e aprendeu e poder influenciar positivamente no processo de quem lê. Um grande abraço!!!
nem sei! está tudo tão difícil. Não consigo me situar neste mundo de incertezas.
Oi, Ronaldo. A busca pelo equilíbrio é diária. Procure ficar perto daquilo que lhe traz paz e harmonia, sua família, a natureza, pessoas com sentimentos bons. Estamos juntos nessa mudança!
Interessante o artigo, bem realista e atual! Parabéns
Gosto de seus conteúdos, bem informativo! Parabéns
Adorei o texto, me ajudou a entender que preciso mudar e parar de esperar que os outros mudem.
Oi, Elenice 🙂 que bom que gostou. Quando depende de nós pode não ser mais fácil, mas é bem mais possível de fazer acontecer, né? Boa sorte!