Einstein diz que é impossível resolver um problema com o mesmo grau de consciência que o criou, nos convidando a dar um salto para ampliar nossa capacidade de ser e agir no mundo. 

Na prática, é um exercício de humildade aceitar que não existe resposta certa nem um único especialista que possa resolver os problemas que criamos. 

Para a Barbara Soalheiro, CEO da Mesa Company, a equipe é a melhor ferramenta na solução de problemas. Mas para que a equipe colabore de forma efetiva em uma organização existem uma série de fatores que influenciam no engajamento, fluidez e sintonia. Para criar ambientes em que a colaboração acontece de forma inteligente, o líder deve agir como um facilitador dos processos e saber nutrir o potencial do time. 

É preciso guiar, desenvolver habilidades, identificar talentos, servir, disponibilizar ferramentas e estabelecer os objetivos e limites necessários para cada um saber o que é esperado de si.

Para alcançar o poder e a potência da colaboração, tudo começa com valores compartilhados

Somos parte de uma geração que quer se sentir parte da solução e não apenas dos problemas. O líder precisa deixar clara a intenção por trás de cada ação para acessar o melhor de cada membro da equipe e inspirá-los a pensar soluções colaborativamente. 

Você já se sentiu tão envolvido em um projeto que suas ideias atravessavam as fronteiras de tempo e espaço? Isso acontece quando estamos em casa ou caminhando na rua e ao ver um outdoor, uma loja, tudo vira insight para o projeto em que estamos trabalhando. Um funcionário engajado adota a cultura e o mindset organizacional internalizando os valores daquele time pra vida.

Para criar este ambiente fértil à colaboração é um processo longo, que começa com valores compartilhados, um propósito em comum e, com isso, a criação de uma cultura forte e favorável à inovação. 

Para ajudá-los neste caminho, temos algumas dicas:

Prática do Diálogo 

Você sabe qual a diferença entre DIÁLOGO e DEBATE? Veja o que diz André Herzog, Especialista em Facilitação de Processos Transformadores em uma entrevista feita pela Novo Expediente:

“Uma forma visual de enxergarmos a diferença entre debate e diálogo é imaginar um desenho em que o foco está nos extremos. As pessoas A e B estão discutindo e o foco está nas suas opiniões, suas verdades, no ego de cada uma. 

O debate ou discussão tem valor em alguns contextos, mas em muitos casos tem a conotação de confronto, derrotar e convencer de que um está certo e o outro errado. Se ambos os lados está focado apenas em defender suas posições, derrotar a outra pessoa não será a solução. 

Já no diálogo a imagem é o círculo e o foco está no centro, no propósito que une pessoas diferentes e no que essas pessoas estão construindo coletivamente. Não é só sobre dar opinião, mas sobre o que fazer com a opinião. Por que eu acho que ela colabora para o que estamos criando coletivamente? 

No diálogo, as experiências, opiniões e perspectivas de todos são valorizadas, pois são tijolinhos que juntos vão dar forma a algo maior. Entramos no diálogo sem saber a resposta, pois é na construção coletiva que chegaremos a algo novo. 

O diálogo tem uma função primordial de nos ajudar a resolver problemas. E quanto maior e mais complexo o problema, precisamos de mais pessoas para contribuir em sua solução”. 

A Arte de fazer boas Perguntas

Será que um bom líder é aquele que tem todas as respostas ou que faz as melhores perguntas?

A arte de fazer boas perguntas é considerada uma das principais competências para liderar na  incerteza. Nenhuma resposta é efetiva nesse momento, pois não adianta se preparar para lidar com o incerto com base naquilo que já aconteceu – é preciso construir as capacidades para lidar com a mudança.

Como resultado de nossa educação, que é baseada principalmente em respostas, muitas pessoas se sentem desconfortáveis em não saber, porque somos sempre avaliados pelas respostas que damos.

E se pudéssemos fazer perguntas que inspiram as mentes e envolver as pessoas?

E se pudéssemos fazer perguntas que levam a novas opções e novas soluções?

Colaborando à distância

Você sabia que a maioria das atividades realizadas em reuniões, brainstormings e workshops presenciais podem ser adaptadas através de plataformas colaborativas digitais?

– Design Thinking (sim! Com post-its e tudo mais);

– Rodas de Conversa;

– Atividades em grupo em salas individuais;

– Assessments que geram resultados instantâneos sobre a visão do grupo, preservando a identidade dos participantes;

– Jogos e atividades para energizar o time, e etc…

Claro que não é igual ao presencial, onde a troca e o nível de aprofundamento possível ao tornar-se membro de um espaço seguro de aprendizado é imensa. Mas também dá para viver uma experiência rica, em grupos pequenos, que comprovam a importância de pertencer, compartilhar, se vulnerabilizar. 

Principalmente durante uma crise que tem nos convidado à reinvenção e mudanças de paradigmas.

Como diz M. Wheatley & M. Kellner-Rogers:

“Relacionamentos nos transformam, nos revelam, evocam mais de nós mesmos. Apenas quando estamos com outros, os nossos talentos se tornam visíveis, até mesmo para nós mesmos.

A Novo Expediente desenvolve experiências transformadoras na jornada do líder. De modo a ampliar a perspectiva sobre liderança de si mesmo, de equipes e de desafios complexos no presente das organizações. 

Nelas fornecemos um conjunto de ferramentas para desenvolver líderes facilitadores que sabem como despertar nas equipes a capacidade de colaborar de um modo mais inteligente, criativo e assim cocriar movimentos de mudança e gerar resultados para as organizações. 

Vamos conversar sobre possibilidades?

Referência utilizada no artigo: The Art of Powerful Questions.